É melhor ouvir as
palavras calmas de uma pessoa sábia, do que os gritos de um líder
numa reunião de tolos.” (Eclesiastes 9:17). Crer-se ter sido
Salomão o autor do livro de Eclesiastes, vimos neste versículo o
autor promover uma relação entre a prudência e o volume da voz.
Aprendemos que o texto nos ensina que, há uma relação direta entre
a voz e o nível de equilíbrio emocional de quem fala. Ao nos
sentirmos encurralados por alguma coisa, e ao sermos afrontados, sem
termos bons argumentos, não é difícil apelarmos para o grito, para
o tom mais agressivo da voz, e ai é bom se lembrar da passagem
“ouvir as palavras calmas de uma pessoa sábia” é reconfortante
e construtivo. O profeta Elias se encontrou desesperado um dia,
fugindo da morte, porém desejando morrer, e a ajuda que obteve do
Senhor não foi uma grande ventania, nem terremotos, nem chamas de
fogo intensas. Deus simplesmente restaurou o profeta através de uma
“voz mansa e suave”. Muito se vê nos dias de hoje líderes em
púlpitos das igrejas que, gritam a plenos pulmões seus sermões,
como se a sabedoria do Senhor pudesse ser influenciada e imposta pela
eloquência simplória dos homens. O Senhor não quer “gritos de um
líder” e sim a simplicidade, de uma mente capaz de absorver uma
palavra genuína, que ao ser ministrada penetre o coração dos
ouvintes não pelo tom de voz que está sendo imposta e sim pela
essência do conteúdo dirigido pelo Espírito Santo para que esses
ouvintes sejam convencidos de seu mal caminho, reconheçam que são
pecadores e necessitam do perdão de Deus, que só pode ser alcançado
por intermédio de crer em Cristo Jesus como Senhor e salvador de sua
vida. O Pai jamais recusa a voz que vem do íntimo daquele que
demonstra “um coração quebrantado e aflito”. E a palavra de
Deus nos afirma “Os sacrifícios para Deus são o espírito
quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás,
ó Deus.” (Salmos 51:17). Então para que gritar? Quando o que
basta é buscar dia a dia maior conhecimento, discernimento e
intimidade com o Espírito Santo, pois assim Deus falará de forma
poderosa, mansa, calma, penetrante e poderosa, ao coração de tantos
que se encontram perdidos, e visitam tantas igrejas em busca de uma
palavra de conforto, paz, e que leve diretamente a vida eterna.
Precisamos falar mais sobre salvação, e não bater sempre na mesma
tecla sobre os problemas, dinheiro, riqueza, o mundo precisa de Jesus
Cristo, nada mudou em Deus, tudo passa e passará mesmo, mais a
palavra do Senhor e sua promessa de perdão e salvação para todos
que confessarem seu filho como Senhor e Salvador de suas vidas
permanecerá até o ultimo dia. Amados, Jesus está voltando, já se
passaram mais de 2.000 anos, quando no livro de Atos nos relata, “E,
estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto
deles se puseram dois homens vestidos de branco. Os quais lhes
disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse
Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim
como para o céu o vistes ir.” (Atos 1:10-11). Oh Maravilha! É
real, esse acontecimento profético há de se cumprir um dia, e não
podemos esperar para anunciar as boas novas, o evangelho de Jesus,
que é graça, perdão, salvação, mudança de vida. Mais não
precisa gritar, basta falar com propriedade sobre o que o Filho de
Deus tem a oferecer a toda humanidade, sem discriminação de raça,
cor, condição social, financeira ou pensamentos. Muitas vezes você
pode ser contra atitudes de determinadas pessoas, mais não pode
julgar seus pensamentos ou opiniões, apenas pregue, mostre que Jesus
Cristo não é e jamais será religião, como costumo dizer “Seguir
a Jesus não é religião, e sim convicção de vida Eterna”.
Quando tiver a oportunidade de subir ao Púlpito para pregar, peça a
Deus uma palavra transformadora a quem ouve, como disse (Martyn
Lloyd-Jones/teólogo protestante do século 20) “A pregação deve
causar uma diferença tal no ouvinte, que nunca mais ele será a
mesma pessoa”, e isso só é possível se a palavra que sair da
boca daquele que fala seja totalmente direcionada pelo Pai, e atinjam
os corações dos ouvintes de forma mansa e suave, e como brasas
vivas do altar aqueçam os corações para sempre.
Graça e Paz de Cristo.
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